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Foto do escritorG.O. Novo Pentecostes

Estudo Bíblico - Evangelho de Mt 17,1-9

Semanas atrás - no 2º Domingo da Quaresma - o evangelho de Mt 17,1-9 nos trouxe a narrativa da Transfiguração de Jesus que esta permeado de ensinamentos que podemos absorver, a começar pelo lugar e quem Jesus levou os apóstolos, o Monte Tabor.


Imagem/Reprodução: Site Diocese de Blumenau/Radio Vaticano

O monte na linguagem bíblica significa lugar de Encontro com Deus, trazendo alguns exemplos, Abraão foi o primeiro a ser chamado por Deus para ser a raiz do seu povo, no monte em Moriá a pedido do Senhor levou seu filho único Isaac (prefiguração do Messias) para ser sacrificado e teve por conta de sua fidelidade a vida do filho poupada. Deus se revelou a Moises como o Eu Sou no monte Horeb que também significa Sinai onde o mesmo Moises recebe o decálogo. Profeta Elias vence os sacerdotes de Baal depois de desafiá-los no Monte Carmelo.

Personagens: Os Apóstolos Pedro, Tiago e João representam a Igreja de Cristo, Pedro príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa, Tiago foi líder da primeira comunidade crista em Jerusalém e João o discípulo amado, Moises prefigura o Messias como aquele que libertou o povo da escravidão no Egito e Jesus como o libertador do pecado e da morte e Elias o profeta que na profecia de Malaquias 3,22-24 viria para preparar o caminho do Senhor.

Transfiguração significa a transformação da figura humana de Jesus para sua natureza divina, um lampejo da Glória definitiva que podemos viver aqui na terra quando nos locomovemos para Santa Missa, isso mesmo, a Igreja é o monte, lugar de encontro com Deus e o que podemos presenciar é o milagre da Transubstanciação que significa a transformação da substancia pão em carne e da substancia vinho em sangue conforme Jesus havia anunciado no evangelho de São João capitulo 6.

Moises além da prefiguração messiânica de Jesus como o libertador, também representa a Torá (Escritura Sagrada dos judeus que são os 5 primeiros livros da Bíblia = Pentateuco), a lei, os mandamentos, o profeta Elias representa é a NEVIM (livros proféticos) que em sua maioria anunciam o plano salvífico de Deus por meio do Messias, bem como a profecia de Malaquias onde diz que o profeta viria preparar os caminhos do Senhor, do Messias e Jesus é a Palavra encarnada, a boa nova, ou seja, encontro do antigo e Novo testamento.

Quando Pedro propõe a permanência no monte oferecendo uma tenda para cada um, significa celebrar uma das festas mais populares dos judeus SUKOT = Cabanas ou festa das tendas onde Deus pede ao povo que more por 7 dias em tendas para fazer memória dos 40 anos em que seu povo morou em tendas na peregrinação no deserto rumo a terra prometida (Lv 23,33-36. 39-43). Uma explicação mais alegórica é o bem estar que nos propõe a presença de Deus quando vamos a Missa ou participamos de um retiro, esquecemos um pouco os problemas a difícil vida que levamos e queremos permanecer na paz que vem da presença de DEUS (a Shekinah) representada pela nuvem e a voz do Pai que revela o seu unigênito.

Descer do monte e retomar a nossa caminhada testemunhando a todos a glória que nos é apresentada todas as vezes que participamos da Missa ou de um retiro e a exemplo de Moises quando desceu do Sinai com o decálogo com o rosto transfigurado, precisamos transfigurar-nos para enxergarem o rosto de Cristo estampado em nossa face.

Reflexão: Alessandro Borges






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